Com o lema “a Lei dos Meios de Comunicação é para todos, para os monopólios também”, organizações políticas e sociais da Argentina exigiram que se cumpra a norma aprovada há um ano pelo Congresso, mas barrada por diversas decisões judiciais, reportaram o jornal La Jornada e a agência EFE.
A Asociación de Entidades Periodísticas Argentinas (Adepa) afirmou que o governo de Cristina Kirchner elegeu o jornalismo “como inimigo” e advertiu que a pressão exercida pelas autoridades degrada a liberdade de expressão no país.
A ofensiva do governo argentino contra os dois principais jornais do país terá um novo capítulo com a denúncia penal contra a dona do Grupo Clarín, Ernestina Herrera de Noble, o diretor executivo do grupo, Héctor Magnetto, e o diretor do jornal La Nación, Bartolomé Mitre. Os empresários serão acusados de participação em crimes contra os direitos humanos durante a ditadura argentina.
A Subsecretaria de Defesa do Consumidor aplicou uma multa de US$ 1,25 milhão à Cablevisión, operadora de TV a cabo do Grupo Clarín, por considerar que a empresa violou uma resolução que proíbe a venda de serviços de internet pela licença da provedora de acesso Fibertel, que caducou em 2009, informou o jornal El Siglo de Tucumán.
O Ministério Público abriu uma investigação penal contra Víctor Fayad, prefeito de Mendoza, no oeste da Argentina, por ameaçar o jornalista Ricardo Montacuto, diretor do site MDZ Online, informaram a revista Perfil e o jornal Los Andes.
Os senadores argentinos aprovaram, por unanimidade, as linhas gerais do projeto que garante o livre acesso à informação pública na Argentina, informou o jornal La Nación. O texto ainda passará pela Câmara dos Deputados depois de outra discussão no Senado no final deste mês, para chegar a um consenso sobre o conteúdo do projeto, dizem a Perfil e a agência estatal Télam.
Em uma audiência com jornaleiros, a presidente Cristina Kirchner regulamentou um decreto que devolve a esses trabalhadores a exclusividade da comercialização dessas publicações nas ruas e pequenas bancas, informou a imprensa local.
O governo argentino publicou uma resolução dizendo que começa a valer na quinta-feira, 9 de setembro, o prazo de um ano para que os grandes grupos de comunicação se desfaçam de licenças que excedam o número máximo permitido na Lei de Meios Audiovisuais, informou o Página 12.
Os meios de comunicação que têm uma boa relação com o governo da presidente Cristina Kirchner receberam até 780 vezes mais recursos de publicidade oficial que os veículos considerados inimigos do governo, nos primeiros meses de 2010, afirmou o Clarín. O cálculo avalia o valor que cada meio recebe pelo número de pessoas que atinge, explica O Globo.
Adams Ledesma, diretor de um noticiário do canal Mundo Villa TV, na Villa 31, uma populosa favela no centro de Buenos Aires, foi assassinado a facadas na madrugada de sábado, 4 de setembro, informaram a agência DyN e a Perfil.
O ministro do Trabalho da Argentina, Carlos Tomada, se comprometeu a garantir a continuidade laboral dos jornalistas e outros funcionários que ficaram na rua com a quebra do jornal Crítica, informou o blog dos trabalhadores do diário. Eles devem ser contratados por outros meios de comunicação, privados ou estatais, ou por repartições públicas, diz o blog.
Obrigado a se exilar nos Estados Unidos há mais de 30 anos por denunciar violações de direitos humanos na Argentina durante a ditadura militar (1976-1983), o jornalista inglês Robert Cox acaba de voltar ao país para trabalhar como colunista do Buenos Aires Herald, informou o jornal.