No livro-reportagem “O púlpito”, a jornalista da Folha de S.Paulo Anna Virginia Balloussier discute temas como empreendedorismo, política, dízimo, aborto e sexo entre evangélicos, buscando, segundo diz na introdução, evitar “cair na cilada de reduzir indivíduos a estereótipos”. Em uma entrevista, ela descreve como busca compreender um fenômeno altamente heterogêneo e responde a críticas ao seu trabalho.
O Rio Grande do Sul enfrenta seu maior desastre climático, com enchentes que desabrigaram mais de 580 mil pessoas e deixaram 172 mortos. Jornalistas locais, muitos também afetados, se dedicam a essa cobertura sem precedentes. A LJR conversou com jornalistas dos meios digitais Matinal, Sul21 e Nonada, que contaram sobre suas experiências e o senso de comunidade entre jornalistas fortalecido em meio ao caos no estado.
Supremo Tribunal Federal define que processos coordenados contra jornalistas são uma forma de assédio judicial e também elabora tese de que erros são parte intrínseca da profissão. Medidas são consideradas passos positivos e importantes por especialistas, mas insuficientes para acabar com abuso das cortes contra a imprensa.
Dez organizações de jornalismo local nas cinco regiões do Brasil participam do projeto Caravana, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). As comunidades dos territórios têm tido destaque nesse processo, o que ajuda a estabelecer uma rede de sustentabilidade local. A LJR conversou com o Coreto (Bahia) e com o Fala Roça (Rio de Janeiro) sobre a participação no projeto.
O jornal Correio do Povo, sediado em Porto Alegre, cobre o Rio Grande do Sul há quase 130 anos. As enchentes que devastaram o estado na primeira semana de maio invadiram a sede do jornal e as casas de seus jornalistas. A publicação e sua equipe tentam manter o compromisso com o jornalismo e informar seu público no momento mais crítico de sua história.
A importância de monitorar a desinformação em campanhas políticas, os riscos do uso das redes sociais para influenciar o discurso público e o papel atual do fact-checking foram alguns dos temas abordados por painelistas de Argentina, Brasil e México no Festival Internacional de Jornalismo 2024, em Perugia, Itália.
Dez jornalistas e comunicadores contaram como têm sofrido ameaças e agressões por reportar atividades predatórias na Amazônia brasileira no relatório “Fronteiras da Informação”, realizado pelo Instituto Vladimir Herzog (IVH). O documento também oferece dicas de segurança e apresenta recursos de proteção aos quais jornalistas podem recorrer caso estejam em perigo.
Os meios jornalísticos digitais CIPER (Chile), Agência Pública (Brasil) e La Antígona (Peru) têm modelos inovadores de financiamento por parte da audiência que têm lhes permitido se sustentar ao longo do tempo e, ao mesmo tempo, fortalecer seus laços com os cidadãos. Esses meios compartilharam 10 estratégias para otimizar as contribuições dos leitores.
O jornalismo brasileiro enfrenta desafios na formação acadêmica e nas redações. Enquanto muitos cursos de jornalismo tendem à teoria e pouco desenvolvem a prática, programas de treinamento promovidos por meios de comunicação buscam preencher lacunas. Programas da Folha de S. Paulo e do Estadão, ativos há mais de 30 anos, mais recentemente também passaram a priorizar a diversidade.
Casos de espancamentos, agressões e ofensas de torcedores contra jornalistas têm se multiplicado em muitos países da América Latina. Por trás dos ataques, podem estar novos códigos de conduta entre torcedores violentos e uma intolerância profunda à diferença.
18 jornalistas enfrentam ações na Justiça em Mato Grosso após publicarem sobre o governador do estado, Mauro Mendes. Eles argumentam que o aparato policial e judiciário do estado está sendo utilizado para calar vozes que publicam informações desfavoráveis ao governo. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal desta semana reforça o que dizem.
Jornalistas ambientais e climáticos enfrentam riscos extremos, incluindo ameaças físicas e judiciais, ao reportar sobre a degradação ambiental, aponta novo relatório do International Press Institute. Na América Latina, crime organizado, empresas e forças estatais corruptas representam principais ameaças a esses profissionais, disse Barbara Trionfi, autora do relatório, à LJR.