Organizações da sociedade civil que participam do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais saúdam “boa vontade” do governo brasileiro, mas afirmam que falta de pessoal e de priorização do tema são obstáculos para que o órgão seja efetivo. Mudanças no Ministério da Justiça, onde o Observatório está abrigado, também preocupa organizações.
Aos Fatos, meio brasileiro especializado em fact-checking, integrou o ChatGPT com sua produção jornalística para criar um chatbot de perguntas e respostas, a FátimaGPT. No WhatsApp, no Telegram e no Twitter, o chatbot responde às perguntas do público a partir dos textos já publicados pelo site.
Estudo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) constatou um aumento de ações judiciais contra jornalistas e meios de comunicação pedindo a remoção de conteúdo relacionado às eleições de 2022 em comparação com 2018. Pesquisadoras destacam impacto na liberdade de imprensa, assim como tendências para eleições municipais de 2024.
O Supremo Tribunal Federal decidiu em novembro que, quando um meio de comunicação publica uma entrevista que contém uma informação falsa, a responsabilidade jurídica sobre aquela informação pode recair sobre o veículo. Em um contexto de vazio jurídico e de crescente assédio judicial no Brasil, a decisão preocupa especialistas.
Execuções cometidas por policiais, como ex-integrantes da corporação se tornam assassinos profissionais e como formam organizações comparáveis à máfia: esta é a especialidade da cobertura de Rafael Soares, repórter de 32 anos dos jornais O Globo e Extra, que diz não sentir medo. Depois do podcast “Pistoleiros”, ele acaba de lançar “Milicianos”, seu primeiro livro.
Os casos da jornalista brasileira Schirlei Alves e do jornalista chileno Felipe Soto Cortés evidenciam o impacto da criminalização da difamação na liberdade de imprensa na América Latina. Uma sentença da Corte IDH contra o Chile aponta caminhos para combater o uso da lei penal para silenciar jornalistas na região.
Para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, celebrado todo dia 2 de novembro, a LatAm Journalism Review (LJR) destaca quatro casos de jornalistas da América Latina e do Caribe que, em sua maioria, permanecem impunes.
Pedro Palma foi assassinado em 13 de fevereiro de 2014 em Miguel Pereira (RJ). Nove anos depois, a investigação sobre o crime segue aberta e ninguém foi responsabilizado. Esse é um dos 25 casos no Brasil em “total impunidade”, segundo o Comitê para a Proteção de Jornalistas, e ilustra os obstáculos para a responsabilização de autores materiais e mandantes de crimes contra jornalistas no país.
O mercado de podcasts está em plena expansão na América Latina, com crescimento anual previsto de quase 30% até 2032. Muitos podcasts de jornalismo narrativo surfam na onda. A professora Luana Viana, da Federal de Ouro Preto, compartilha técnicas para capturar a atenção dos ouvintes, da dramaturgia às fontes.
Relatório da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) traz resultados de um ano de monitoramento de ataques à imprensa na Amazônia brasileira. A organização conecta as emergências jornalística e climática na região, destacando a importância do jornalismo independente e local no enfrentamento de um dos maiores desafios que a humanidade já enfrentou.
A recém-lançada Amazônia Vox quer conectar profissionais da comunicação e especialistas da Amazônia brasileira a jornalistas e meios de outras regiões. A plataforma também vai produzir reportagens a partir da e sobre a Amazônia, destacando como as populações amazônicas têm desenvolvido soluções para os problemas que enfrentam.
Quatro anos depois da nomeação de Mariana Iglesias no jornal argentino Clarín, editoras de gênero promovem mudanças na cobertura jornalística, trabalham para consolidar suas posições e enfrentam violência online sem precedentes. A LatAm Journalism Review conversou com editoras de gênero de quatro países para entender o estado atual dessas profissionais na região.