Zamora, conhecido por expor a corrupção na Guatemala, ficou preso por mais de dois anos em um processo, segundo seus defensores, repleto de irregularidades. “Tenho o espírito, a coragem e a fé para continuar”, disse ele.
Jornalistas venezuelanos que cobrem protestos em regiões afastadas da capital estão se autocensurando para se protegerem da repressão do regime de Nicolás Maduro, após a realização de eleições cujos resultados são questionados pela oposição.
ElPeriódico, o meio de comunicação fundado pelo jornalista guatemalteco José Rubén Zamora em 1996, foi outro alvo quando o assédio judicial contra Zamora começou, de acordo com pessoas próximas a ele. Dois anos após a prisão de seu fundador e quase um ano após o fechamento definitivo do elPeriódico, jornalistas da Guatemala estão preenchendo o vazio com mais jornalismo.
Um mês após ser libertado da prisão sob a condição de deixar Cuba, o jornalista Lázaro Yuri Valle Roca conversou com a LJR dos Estados Unidos, onde passou a viver, sobre o peso da pressão internacional para sua libertação, a luta que o levou a se tornar um prisioneiro político e como, sendo neto de um líder comunista, se tornou um opositor fervoroso.
Em maio, José Rubén Zamora obteve o direito à prisão domiciliar em um tribunal da Guatemala. O jornalista, no entanto, nunca deixou o cárcere. Nesta semana, sofreu um novo revés jurídico. Um tribunal de apelações anulou a medida. Seu filho, José Zamora, diz que a decisão dá sequência ao assédio contra seu pai.
Há mais de 18 meses, o jornalista guatemalteco José Rubén Zamora está preso, apesar de seu processo judicial ter sido marcado por irregularidades e violações do devido processo legal e de sua sentença já ter sido anulada. Um relatório recente da Trial Watch, que monitora julgamentos criminais em todo o mundo, descreveu o julgamento de Zamora como "injusto" e pediu sua libertação imediata.
Em parte, disparada dos casos pode ser atribuída à repressão de uma manifestação em 27 de janeiro, mas jornalistas e organizações do país acreditam que os ataques à imprensa são parte de uma escalada mais ampla de agressões
Nos últimos anos, a UNESCO detectou um aumento nos casos de ataques, detenção e violência física contra jornalistas que cobrem manifestações. Entre 2015 e o primeiro semestre de 2020, 10 jornalistas perderam a vida durante essas coberturas.
O jornalista chileno-venezuelano Braulio Jatar Alonso, que estava em prisão domiciliar desde maio de 2017 depois de passar 9 meses na prisão, foi liberado na última quinta-feira, 4 de julho.
Um jornalista espanhol é o mais recente correspondente internacional cobrindo a crise sociopolítica na Venezuela a ser ordenado a deixar o país pelo governo do presidente Nicolás Maduro, de acordo com a mídia local e internacional.
À medida que a crise sociopolítica na Venezuela se aprofunda e o presidente Nicolás Maduro luta para permanecer no poder, os jornalistas do país são alvos de ataques, prisões, roubo de material de trabalho e bloqueio de sites e canais de televisão.
O jornalista alemão Billy Six, preso na Venezuela desde meados de novembro, iniciou no dia 3 de fevereiro uma nova greve de fome e “exige sua imediata liberação”, conforme informou a organização venezuelana Espacio Público.