O repórter Jocelyn Justin, ferido em um ataque de gangue a um hospital de Porto Príncipe, passou várias semanas sem dinheiro enquanto aguardava por uma cirurgia em Cuba. Veículos de mídia reclamaram que o governo haitiano não estava cumprindo sua promessa de cobrir as suas despesas e necessidades básicas.
A tentativa fracassada de reabrir um hospital em um bairro controlado por gangues em Porto Príncipe resultou na morte de dois repórteres e deixou sete feridos.
O último jornal diário impresso remanescente no país, Le Nouvelliste, parou de ser impresso após um ataque armado aos seus escritórios em Porto Príncipe. Em meio a múltiplas crises de segurança, os assinantes se mudaram e os transportadores de correio não querem arriscar a sua segurança.
No primeiro mês de 2022, a América Latina assumiu a liderança como a região mais mortífera para a imprensa, registrando sete jornalistas mortos: quatro no México, dois no Haiti e um em Honduras.
Dois jornalistas foram mortos por membros de uma gangue no Haiti em 6 de janeiro. Um comunicado da polícia disse que seus corpos foram recuperados com "ferimentos de bala de grande calibre", segundo a AP. Várias organizações exigiram investigações rigorosas.
O repórter Néhémie Joseph, da Radio Méga, foi encontrado morto em seu carro em 10 de outubro em Mirebalais, Haiti, conforme noticiado pela Associated Press.
Um jornalista haitiano foi atingido por um tiro enquanto a polícia disparava munição real durante um protesto popular em Porto Príncipe no dia 30 de setembro, conforme denunciou a rádio em que ele trabalha, Radio Sans Fin.
O carro do jornalista haitiano Kendi Zidor, repórter e colunista do jornal Le National, foi baleado várias vezes em Porto Príncipe, segundo a imprensa local.
Veículos da Radio TV Ginen foram incendiados em 10 de junho e o ataque foi denunciado por Rospide antes de sua morte, de acordo com a AlterPresse.
O jornalista haitiano Robenson Sanon foi atingido por uma bala em seu antebraço enquanto cobria protestos em Porto Príncipe, no dia 13 de fevereiro.
Cinco anos depois de um terremoto de magnitude 7.0 ter atingido o Haiti, os jornalistas do país ainda enfrentam ameaças e tentativas de silenciamento vindas de partidários do governo e do próprio presidente. O jornalismo teve um papel urgente e indispensável na apuração das consequências do terremoto, jornalistas haitianos têm mantido uma crítica constante aos esforços de reconstrução e, como resultado, têm sido difamados pelas autoridades.
O juiz Yvickel Dabrésil acusou nove pessoas no dia 17 de janeiro - várias próximas ao ex-presidente do Haití Jean-Bertrand Aristide - de estarem envolvidas no assassinato do reconhocido jornalista de rádio Jean Léopold Dominique em 2000, que até então tinha uma postura crítica à reeleição de Aristide, informou Reuters.