O jornalista e professor italiano Giovanni Proiettis, morador do estado mexicano de Chiapas há 18 anos, foi sumariamente deportado para seu país natal na última sexta-feira (15), informa o site Proceso.
O assassinato do jornalista Francisco Javier Ortiz Franco, editor-chefe do semanário mexicano Zeta, há sete anos, foi encomendado por Javier Arellano Félix, então líder do chamado Cartel de Tijuana, organização criminosa que controla o narcotráfico na cidade na fronteira com os Estados Unidos, confessou um de seus membros.
A violência em Saltillo aumentou nos últimos meses, gerando novas situações de risco nas quais as redes sociais têm servido como válvulas de escape - diante do silêncio imposto pelos criminosos. Não é uma alternativa desejável, mas, diante da falta de garantias para o exercício do jornalismo em Coahuila [México], não houve remédio.
Diante das ameaças e dos riscos diariamente enfrentados pelos jornalistas mexicanos por causa da violência que assola o país, diversas iniciativas têm surgido na intenção de protegê-los: coberturas em grupo dos temas mais quentes, coletes à prova de balas e até o silêncio sobre certos acontecimentos. A mais recente foi um acordo para unificar os critérios da cobertura da violência ligada ao narcotráfico.
Nove jornalistas de diversos países, entre eles dois que trabalham na América Latina, foram selecionados como bolsistas internacionais Knight no período 2011-2012, informou o próprio programa. O anúncio dos bolsistas americanos será feito no dia 2 de maio.
A jornalista espanhola Judith Torrea, autora do blog Ciudad Juárez, En la sombra del narcotráfico, recebeu o prêmio especial “Repórteres Sem Fronteiras”, na sétima edição do concurso “O Melhor dos Blogs” (BOB, na sigla em inglês), e também foi selecionada como bolsista pelo programa International Knight Fellows em 2011-2012.
Dois jornalistas do semanário El Portal, de San Luis Potosí, região Central do México, denunciaram ter sido demitidos por pressão do governo estadual, em troca da publicidade oficial, informou o Centro Nacional de Comunicação Social (CENCOS).
A nova edição da ReVista, the Harvard Review of Latin America, é dedicada ao jornalismo na região e traz artigos assinados por renomados jornalistas sobre temas como os riscos da profissão no México, as possibilidades das novas tecnologias digitais, censura e ameaças à liberdade de expressão.
Milhares de pessoas protestaram nas ruas das principais cidades mexicanas contra a onda de violência relacionada ao tráfico de drogas que, desde 2006, já deixou mais de 35 mil mortos. As manifestações foram organizadas pelo jornalistas e escritor Javier Sicilla, cujo filho foi uma das sete pessoas assassinadas nesta semana na cidade de Cuernavaca, informaram o Mileno e a CDN.
O jornalista mexicano Alejandro Suverza foi preso no aeroporto da Cidade do México, supostamente levando 57 mil dólares em embalagens de chicletes e outros itens, informou o El Universal.
O jornal Reforma, um dos principais do México e dos primeiros a cobrar pelo conteúdo online por meio de um chamado “paywall”, agora estuda cobrar por aplicativos para smartphones lançados nos últimos dois anos, revelou um executivo do grupo Reforma.
Jornalistas da violenta Ciudad Juárez, no México, e de Managua, capital da Nicarágua, relataram ter sido agredidos por policiais no exercício das suas funções profissionais.