A violência em Saltillo aumentou nos últimos meses, gerando novas situações de risco nas quais as redes sociais têm servido como válvulas de escape - diante do silêncio imposto pelos criminosos. Não é uma alternativa desejável, mas, diante da falta de garantias para o exercício do jornalismo em Coahuila [México], não houve remédio.
O editor-assistente de política da Folha de São Paulo, Alec Duarte, e a repórter do Agora SP, Carol Rocha, foram demitidos do Grupo Folha, na última quinta-feira (31), após trocarem mensagens sobre a morte do ex-vice-presidente José Alencar no twitter, de acordo com o site IDG Now.
O evento, organizado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, foi realizado em espanhol e foi uma continuação do 12 º Simpósio Internacional de Jornalismo Online, realizado nos dias 1 e 2 de abril.
Em meio aos “apagões informativos” causados pela violência ligada ao narcotráfico na região da fronteira com os Estados Unidos, as redes sociais se transformaram em uma importante fonte de informação para os cidadãos, mas não substituem o jornalismo no México, afirma o veterano jornalista mexicano Jacinto Rodríguez, que já escreveu para os principais veículos do país.
Quando se trata de seguidores no Twitter dos jornais mexicanos, o El Universal encabeça a lista, com quase meio milhão de seguidores. É seguido dos diários Milenio e Reforma, com 148 mil e 101, 4 mil seguidores, respectivamente. O número de seguidores no Twitter do El Universal é maior que a circulação diária do periódico.
Seis meses após o fim do jornal online Clave Digital, a República Dominicana ganhou um novo veículo na internet, o Acento, lançado no dia 16 de fevereiro, segundo a agência EFE.
A blogueira cubana Yoani Sánchez, autora do blog Generation Y, ganhou o prêmio espanhol de redes sociais iRedes pela “coragem e impacto” de seu trabalho, informaram a ABC e o El Mundo.
Três dirigentes do Palmeiras agrediram o fotógrafo Thiago Vieira, do jornal Agora, do grupo Folha, por se sentirem “ofendidos” por comentários no Twitter, informou a Folha.com.
Após a morte de mais de 80 detentos durante um incêndio em uma cadeia no sul da capital chilena, Santiago, usuários das redes sociais reclamaram das condições do sistema penitenciário no país e da falta de sensibilidade da imprensa na cobertura de temas sociais, informou o Global Voices Online.
O jornalista Edwin Echeverry, que trabalha na equipe de comunicação da prefeitura de Medellín, na Colômbia, enfrenta um “verdadeiro calvário” por ter criticado, em seu perfil no Facebook, os custos de um show de fogos de artifício contratado pelo governo para celebrar o bicentenário da cidade, em julho passado, denuncia a Federação Colombiana de Jornalistas (Fecolper, na sigla em espanhol).
A cobertura da violência pela mídia brasileira vem sendo enriquecida pelo fenômeno da Twittosfera Policial. Driblando a hierarquia de suas corporações, policiais usam o Twitter para narrar seu dia-a-dia, denunciar corrupção e abusos, opinar sobre as instituições policiais e até sobre o trabalho da imprensa. São acompanhados de perto por repórteres e acadêmicos especializados na área que, juntos, formam um espaço de discussão ativa nas redes sociais, com impactos relevantes no jornalismo.
As imagens chocantes da violência no Rio transmitidas ao vivo nesta quinta-feira, 25, pelas redes Globo e Record foram criticadas no Twitter pelo perfil @Bope_RJ, que diz, em sua página, representar oficialmente o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, informou a Folha.com. (veja as imagens aqui e aqui).