Todos os dias, em Caracas, repórteres de diferentes meios digitais independentes na Venezuela visitam os necrotérios da cidade para coletar dados sobre as vítimas do dia. Nome e sobrenome, as circunstâncias da morte e outras informações sobre a pessoa falecida são registradas em uma base de dados jornalística, e algumas histórias ou tendências especialmente relevantes são publicadas nos sites de maneira mais detalhada.
Devido ao que eles consideram falta de garantias judiciais e processuais, quatro jornalistas venezuelanos proeminentes, processados penalmente pela difamação agravada continuada e injúria agravada, optaram por sair da Venezuela, de acordo com o comunicado que enviaram à imprensa nacional e estrangeira.
Três jornalistas latino-americanos aparecem no censo anual global de jornalistas presos do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ). O guatemalteco Jerson Antonio Xitumul Morales, o equatoriano Enrique Rosales Ortega e o venezuelano Braulio Jatar são três dos 262 jornalistas encarcerados ao redor do mundo, de acordo com o levantamento publicado em 13 de dezembro.
O jornalista venezuelano Jesús Medina anunciou no dia 23 de novembro que saiu do país devido a ameaças contra ele e sua família em função de seu trabalho. Medina passou dois dias desaparecido no começo de novembro, no que ele qualifica como um sequestro em razão de sua reportagem sobre como a prisão de Tocorón, no norte da Venezuela, é supostamente controlada pelos presos que cumprem pena no local.
Jornalistas de El Salvador, Venezuela, Brasil e Panamá foram os vencedores da 15ª edição do Prêmio Latino-Americano de Jornalismo Investigativo. O Instituto Prensa y Sociedad (IPYS) e a ONG Transparência Internacional (TI) revelaram no dia 5 de novembro os ganhadores, durante a Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo 2017 (COLPIN 2017). Além de reconhecer trabalhos já publicados, a premiação também deu financiamento para novas investigações transnacionais.
Atualização (7 de novembro): O jornalista Jesús Medina foi encontrado vivo na segunda-feira, 6 de novembro, à noite, no quilômetro 1 da rodovia Caracas - La Guaira. O jornalista estava seminu e com graves golpes em seu rosto e em seu corpo, informou El Nacional.
Por assediar, perseguir, censurar e estabelecer marcos legais contra jornalistas e meios de comunicação venezuelanos, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou as práticas do governo Nicolás Maduro contra a liberdade de imprensa e de expressão.
Os jornalistas foram alvo de sentimentos e ações anti-imprensa de funcionários públicos, forças de segurança e cidadãos antes e durante as eleições regionais para 23 governadores na Venezuela, realizada no dia 15 de outubro .
Três jornalistas que realizavam uma reportagem na infame prisão de Tocorón, no norte da Venezuela, foram libertados no dia 8 de outubro após terem sido detidos pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB) por dois dias.
O acesso à informação pública na Venezuela é uma garantia estabelecida na Constituição do país. No entanto, na realidade, se um jornalista ou cidadão deseja saber o salário de um funcionário ou quanto foi gasto em campanhas eleitorais, por exemplo, a resposta que eles recebem em muitos casos é algo como "não sabemos" ou "não podemos responder".