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Jornalista sequestrado é encontrado morto em Honduras

Poucas horas depois de o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, afirmar que o jornalista sequestrado Alfredo Villatoro estava vivo, o secretário de Segurança Pública anunciou, na noite de 15 de maio, a morte do conhecido locutor da HRN, a rede de rádio mais importante do país, informaron la agencia Associated Press y el diario La Prensa.

O corpo dele foi localizado em terreno baldio em Tegucigalpa e havia sido vestido com um uniforme do Comando de Operações Especiais “Cobras” da polícia, segundo o La Tribuna. O jornalista tinha ainda os olhos vendados e parece ter morrido com vários tiros na cabeça acrescentou a AFP.

Villatoro havia sido sequestrado em Tegucigalpa no dia 9 de maio, no caminho do trabalho.

Com a morte de Villatoro, chega a 22 o número de assassinatos de jornalistas em Honduras desde janeiro de 2010, quando assumiu o poder o presidente Porfirio Lobo. Dias antes do sequestro de Villatoro, um jornalistas e ativista dos direitos dos gays havia sido assassinado.

"Um persistente clima de hostilidade contra os jornalistas hondurenhos está limitando o fluxo informativo e deteriorando o direito dos cidadãos à informação", disse Carlos Lauría, coordenador do programa das Américas do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

Por conta das frequentes ameaças e agressões contra jornalistas no país, a organização Repórteres Sem Fronteiras exigiu das autoridades que iniciem um programa efetivo para proteger os repórteres e defensores de direitos humanos.

Honduras é considerado o segundo país mais perigoso das Américas para os jornalistas. Segundo a ONU, Honduras é também o país mais violento do mundo, com uma taxa de 86 homicídios para cada 100 mil habitantes. Para mais informações, consulte o mapa do Centro Knight para o Jornalismo Américas sobre os ataques contra a imprensa na América Central.

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