Às vésperas das eleições presidenciais no México, um jornalista mexicano foi esfaqueado na porta de casa, no dia 24 de junho, na cidade de Oaxaca, no Sudeste do país, informou o Centro de Jornalismo e Ética Pública (CEPET).
Rafael Said Hernández, diretor da Revista Tucán, foi ferido perto de uma artéria, teve hemorragia e agora está em estado grave, segundo o site Animal Político. A polícia prendeu três agressores, mas ainda desconhece o motivo e o mandante do crime, acrescentou o CEPET.
A mãe do jornalista, Esperanza Hernández, testemunhou o ataque e contou que os criminosos disseram: "Agora sim vão morrer por sua maldita revistinha", detalhou o jornal El Informador.
A revista segue uma linha editorial crítica e de apoio à esquerda. O site da publicação não é atualizado desde 22 de junho, de acordo com o jornal Excélsior. Recentemente, a revista denunciou graves violações dos direitos humanos em 2006, acrescentou a organização local Código DH.
No dia 20 de junho, uma repórter do jornal Reforma foi presa ao fotografar a distribuição de brindes do Partido Revolucionário Institucional (PRI) e do candidato à Presidência Enrique Peña Nieto, continuou o CEPET.
Verónica Jiménez, correspondente do diário Reforma no estado de Hidalgo, foi ameaçada ao cobrir um ato de campanha e levada como prisioneira à polícia, por mais de uma hora, a mando do coordenador de campanha do PRI.
O México é considerado o país mais perigoso das Américas para os jornalistas. Veja o mapa sobre os ataques contra a imprensa no México elaborado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.