O gerente geral do jornal La Tribuna de Honduras, Manuel Acosta Medina, foi baleado e seu estado de saúde é considerado estável. Ele foi atingido por quatro tiros em Tegucigalpa, na tarde de 20 de maio, informou a Associated Press. O ataque a Medina é o terceiro contra jornalistas de Honduras nos últimos 15 dias. Um repórter e o dono de um canal de TV foram assassinados recentemente.
Para a polícia, porém, Medina teria sido vítima de uma tentativa de roubo de automóvel, explicou o Prensa Libre. “Nós descartamos que ele tenha sido alvo de um ataque planejado, pelas características e pela dinâmica" do crime, afirmou o titular da Direção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), Marco Tulio Palma, citado pelo La Tribuna."Analisamos o caso e concluímos que os criminosos pretendiam roubar o carro dele", acrescentou.
O ataque a Acosta está sendo investigado por uma unidade especial de crimes contra jornalistas, cuja criação foi anunciada pelo governo em fevereiro. Germán Enamorado, fiscal de Direitos Humanos, disse que o ataque não ficará impune, como outros contra profissionais de comunicação.
Ele também expressou preocupação com o aumento do risco para o exercício do jornalismo no país, onde, apenas em 2010, 10 jornalistas foram assassinados. Após o golpe de Estado de 2009, a violência contra repórteres se multiplicou em Honduras, hoje considerado o segundo país mais perigoso para a prática do jornalismo nas Américas, atrás somente do México.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.