Por Maira Magro
O governo boliviano acusou a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) - que reúne empresas de comunicação na região das Américas - de “censurar e violar a liberdade de expressão dos jornalistas e trabalhadores ao longo de sua história”, noticiou o jornal Los Tiempos.
“Os donos dos meios de comunicação impressos são os que têm mais denúncias por impedir a livre opinião e expressão dos jornalistas”, afirmou o porta-voz da Presidência, Iván Canelas, durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira, 11 de novembro. As declarações foram uma reação à recente resolução em que a SIP critica duramente a Bolívia por “promulgar leis que restringem a liberdade de expressão”.
Canelas afirmou, em citação de El Universo, que a SIP não tem “moral para falar de liberdade de expressão”. Segundo ele, estudos demonstram que "jornalistas e trabalhadores da imprensa são os mais afetados pelo não cumprimento, pelos empresários, de seus deveres legais e sociais" -- “contam com salários de fome, não recebem os benefícios sociais quando são demitidos de forma arbitrária e indiscriminada, e não têm aposentadoria, embora os empresários (dos meios de comunicação) retenham um percentual de seus salários para esse benefício.” O porta-voz também acusou a SIP de ter "apoiado ditaduras no passado", relata a Prensa Latina.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.