Por Dean Graber
O repórter Evaristo Pacheco Solís, do jornal semanal Visión Informativa, foi encontrado morto a tiros na sexta-feira, próximo a Chilpancingo, capital do estado de Guerrero, ao sul do México, informou o Comitê para a Proteção de Jornalistas.
Pacheco havia sido sequestrado em outra ocasião, e sua morte pode estar ligada ao tráfico de drogas, afirmou a Federação Internacional de Jornalistas. Um dia antes do assassinato, a organização Repórteres sem Fronteiras questionou a credibilidade do Judiciário de Guerrero na investigação do assassinato do jornalista Jorge Ochoa Martínez, editor do jornal El Sol de la Costa, no dia 29 de janeiro.
A morte de Pacheco precedeu outros 28 assassinatos ocorridos no sábado, somente em Guerrero, num contexto de confrontos cada vez mais violentos entre gangues do tráfico de drogas, afirmam a ANSA e o jornal El País. Na mídia americana, essas mortes foram em grande parte ofuscadas pelas notícias do assassinato, no fim de semana, de três pessoas ligadas ao consulado americano em Ciudad Juárez, ao norte do México, na fronteira com os Estados Unidos.
Cinco jornalistas permaneciam desaparecidos na região até sexta-feira, afirmou o jornal The Dallas Morning News.
"No total, oito jornalistas foram sequestrados nas últimas três semanas na área de Reynosa, na fronteira com o Texas, numa nova onda de violência ligada ao tráfico de drogas. Um jornalista morreu e dois foram libertados com a advertência de que deixassem o local", afirma o jornal.
O governo Mexicano tem sido alvo de críticas crescentes pela incapacidade de garantir a liberdade de expressão no país e proteger os jornalistas, diz a matéria.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.