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Ameaçar jornalistas virou costume na Argentina, diz associação

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  • 30 junho, 2010

Por Maira Magro

A Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas (Adepa, na sigla em espanhol) publicou um comunicado denunciando uma série de ameaças e intimidações recentes a jornalistas no país. Reagir com violência à investigação de assuntos de interesse público já se tornou “um costume”, afirma o comunicado. Os casos citados são:

* O jornalista Daniel Santoro, do Clarín, teve o telefone grampeado e o correio eletrônico vigiado;

* O jornalista Matías Longoni, também do Clarín, foi processado por Ricardo Echegaray, ex-dirigente do órgão nacional de controle comercial agropecuário, com a acusação de ter criado um plano sistemático para prejudicá-lo, ao denunciar irregularidades na concessão de subsídios pela instituição;

* O editor Juan Cruz Sanz, do mesmo jornal, foi vítima de cartazes depreciativos pregados em frente à casa de sua família, na cidade de Río Gallegos, na província de Santa Cruz;

* O jornal La Verdad, de Junín, ao noroeste da província de Buenos Aires, recebeu ameaças telefônicas anônimas, que estariam vinculadas à publicação de matérias sobre prostituição e irregularidades em uma clínica local;

* O jornal El Independiente, em La Rioja, enfrentou um protesto em sua porta, com funcionários da Secretaria de Transportes da província pedindo a identificação da fonte de uma matéria sobre a instituição;

* Carlos Gamond, diretor do jornal Puntal, de Río Cuarto, foi ameaçado diversas vezes pelo advogado Dullio Daniele – segundo o jornal, em represália pela cobertura de um processo contra ele.

“Com frequência, atacam o mensageiro ao invés de criticarem ou rejeitarem os atos que deram origem à mensagem”, afirma a Adepa.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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