Por Maira Magro
Na madrugada de quarta-feira, 12 de agosto, um carro-bomba explodiu na zona financeira de Bogotá. A explosão, que não deixou vítimas fatais, ocorreu em frente ao complexo de edifícios onde estão localizadas a Caracol Radio, uma das emissoras mais importantes do país, e a agência de notícias EFE, informaram a Semana e a BBC Mundo.
Segundo El Espectador, a explosão deixou nove pessoas feridas e danificou seriamente o edifício. A EFE afirma que o atentado fez um buraco em uma das principais ruas da capital colombiana.
Segundo a rádio Caracol, o Ministério Público sugeriu que o atentado foi dirigido à cadeia de rádio e "constitui um ato de intimidação contra os meios de comunicação". Mas as autoridades policiais declararam que é prematuro apontar responsáveis, e a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) afirma que não há certeza de que o ataque esteja relacionado ao trabalho jornalístico da rádio Caracol.
Na hora da explosão, jornalistas do serviço informativo da rádio se encontravam no edifício para a emissão do noticiário da manhã. O diretor do programa "6 am hoy por hoy", Darío Arismendi, narrou a explosão ao vivo aponta El Espectador. Em 2007, diz a EFE, o jornalista foi obrigado a deixar o país por ameaças de morte.
O presidente Juan Manuel Santos, que assumiu o cargo na semana passada, visitou a zona afetada. "É um ato terrorista covarde. O único que querem é gerar medo e conseguiram", afirmou o presidente, citado por El Tiempo.
Governos de diversos países, inclusive o Brasil, organismos internacionais e organizações de jornalismo do mundo inteiro condenaram o atentado, relata a EFE.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.