Ao encerrar sua 66ª Assembleia Geral, em Mérida, no México, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) decidiu enviar suas 22 resoluções, a maioria delas relacionada à liberdade de imprensa, a governos e organizações internacionais da Améria Latina.
Em um precedente importante sobre a liberdade de expressão, um juiz de Curitiba declarou extinta a ação por difamação e danos morais movida no Brasil contra o jornalista americano Joe Sharkey - que denunciou falhas no controle aéreo brasileiro após a colisão de um jato Legacy da Embraer com um Boeing da Gol em 29 de setembro de 2006, na região amazônica, causando a morte de 154 pessoas. O jornalista, um dos sobreviventes do acidente, noticiou a decisão hoje em seu blog.
A editora do jornal colombiano El Tiempo Jineth Bedoya Lima foi ameaçada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) após lançar um livro sobre “Mono Jojoy”, líder guerrilheiro morto em setembro, informou a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP).
A Comissão de Direitos Humanos do estado mexicano de Jalisco decidiu adotar medidas cautelares em favor de Adriana Luna, correspondente do jornal Excélsior e do Grupo Imagen. A jornalista foi ameaçada pelo secretário estadual de Segurança Pública, Luis Cárlos Nájera, segundo o CEPET/IFEX.
A editora responsável pelo Jornal de Londrina, no Paraná, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão de um processo envolvendo o pagamento de R$ 600 mil por danos morais a um ex-prefeito de Sertanópolis, no norte do Estado, informou o site do tribunal. A editora afirma que o jornal, de pequena circulação, terá que fechar as portas caso seja obrigado a pagar esse valor.
As autoridades mexicanas estão investigando a morte do repórter policial Carlos Guajardo, mas o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês) pediu uma apuração exaustiva que esclareça se militares do Exército atiraram no jornalista.
Durante sua 66a. Assembleia Geral, em Mérida, no México, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) advertiu que a liberdade de expressão no continente tem sido ameaçada pela violência e pela repressão política, informou a agência de notícias The Canadian Press.
A periferia abriga um terço da população brasileira, mas é tradicionalmente ignorada pela grande mídia – a não ser em matérias nas quais predominam os estereótipos. Um projeto criado pelo jornalista brasileiro Bruno Garcez, 38 anos, contribui para mudar essa situação. Com uma bolsa da Fundação Knight, oferecida pelo International Center for Journalists (ICFJ), Bruno se licenciou durante um ano de seu trabalho como correspondente da BBC Brasil em Washington para formar jornalistas cidadãos em comunidades
Héctor Camero, da rádio comunitária mexicana Tierra y Libertad, foi condenado a dois anos de prisão e a pagar uma multa de US $1,2 mil pelo “uso, aproveitamento e exploração do espectro radioelétrico sem autorização prévia”, informaram as organizações AMARC e IFEX. A decisão judicial também desabilitou os direitos civis e políticos de Camero.
Jornalistas e meios de comunicação bolivianos relatam as primeiras ameaças de processo com base na polêmica Lei Contra o Racismo e Toda Forma de Discriminação, promulgada em 8 de outubro.