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Carro de jornalista brasileiro foi baleado oito vezes em ataque

Segundo testemunhas, foram dois homens em uma moto que dispararam oito vezes contra o carro estacionado na garagem do jornalista brasileiro Kenedy Salomé Lenk, na madrugada de quinta-feira, 10 de março. O jornalista dormia em sua casa com a esposa e a filha, informou o site do jornal O Globo.

Lenk, correspondente na cidade de Afonso Claudio (Espírito Santo) para o site Montanhas Capixabas e jornalista de uma rádio local, disse que nunca havia recebido ameaças por seu trabalho, informou o site Folha do ES.

No entanto, o repórter declarou ao O Globo que policiais amigos haviam o advertido que tivesse cuidado com os vendedores de drogas da vizinhança. Também disse ao Montanhas Capixabas que em alguns bairros da cidade lhe haviam dito que ele estaria “falando demais” em seu programa de rádio.

O jornalista de 52 anos cobre notícias relacionadas a corrupção política e casos de violência na cidade de Afonso Claudio. Em seu programa, também procura ajudar pessoas que necessitam de apoio social.

“O delegado – Claudio Rodrigues, da polícia civil – me pediu as matérias mais recentes que publiquei para analizar”, disse Lenk ao Montanhas Capixabas.

Em 2015, o Brasil foi classificado como terceiro país mais mortal para jornalistas no mundo pelo Comitê para Proteção a Jornalistas (CPJ).

Em seu informe anual, o CPJ confirmou seis mortes de jornalistas no Brasil relacionadas ao exercício da profissão; o maior número registrado desde 1992, ano em que a organização começou a registrar os casos. A maioria dos jornalistas assassinados foram ameaçados anteriormente, diz o informe, principalmente por cobrir temas como crime organizado e corrupção.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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