Por Maira Magro
As disputas envolvendo a Papel Prensa, maior produtora de papel jornal da Argentina, chegaram às ruas de Buenos Aires. Diversos cartazes intimidatórios contra o presidente empresa, Alberto Maquieira, foram pregados esta semana ao redor de sua sede, com os dizeres: “Maquieira, estamos te vijiando”, informou o jornal La Nación.
Maquiera atribuiu os cartazes a grupos políticos ligados ao peronismo, afirmou o Clarín. Segundo o jornal, diretores e funcionários da Papel Prensa também denunciaram que sofrem ameaças e intimidações constantes por parte dos representantes do Estado na empresa.
A Papel Prensa, que abastece 170 publicações no país, funciona como uma sociedade partilhada entre o Estado e os jornais Clarín e La Nación. Mas os dois diários se dizem descontentes com ingerências políticas na empresa e tentam tirar o Estado da sociedade.
Como reflexo desse clima de tensão, as reuniões societárias da Papel Prensa têm sido marcadas por agressões e até violência física. Os representantes do Estado respondem ao polêmico secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, que chegou a jogar uma cadeira em um advogado durante uma reunião em 14 de julho, e foi impedido por um juiz de participar dos próximos encontros.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.