Por Ingrid Bachmann
O presidente venezuelano disse que seu governo vai ficar com 45,8% das ações da emissora privada Globovisión, crítica de sua gestão, e que deverá nomear nos próximos dias um representante para a diretoria do canal, informaram El Universal e a BBC Mundo.
Segundo Chávez, o governo já detém 25,8% das ações que pertenciam a Nelson Mezerhane, proprietário de um banco sob intervenção das autoridades venezuelanas, disse a AFP. Os outros 20% das ações, que seriam de um concessionário que faleceu, estão indefinidos. De acordo com o presidente, como as concessões não podem ser herdadas, as ações voltariam para o Estado, relatou a Reuters.
"Ninguém vai dizer que estamos expropriando. Não, estamos incorporando o negócio, " declarou Chávez.
A Globovisión pensa o contrário, e anunciou que nenhum acionista tem o direito de nomear os diretores do canal. Alberto Federico Ravell, um dos empresários da emissora, disse em entrevista à CNN em espanhol que o governo estará agindo contra a lei caso insista em entrar no conselho da Globovisión.
O canal também emitiu um comunicado dizendo que "a linha editorial da Globovisión não tem percentagem de ações", "não se expropria e não está sujeita a intervenções".
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
