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Comissão da OEA critica Brasil por assassinatos de jornalistas

A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou, na quarta-feira, 11 de maio, os assassinatos dos jornalistas brasileiros Valério Nascimento e Luciano Leitão Pedrosa ocorridos este ano, informou a Folha de S. Paulo.

No comunicado, a Relatoria Especial manifestou “preocupação pelo fato de dois comunicadores terem morrido no Brasil em menos de um mês por causas possivelmente relacionadas ao exercício profissional".

Unesco também engrossou o coro das entidades internacionais que denunciaram o segundo assassinato de um jornalista brasileiro em curto período de tempo, segundo a Agência EFE.

Em nota oficial, Irina Bokova, diretora geral da organização, destacou que o homicídio de Nascimento "representa um ataque claro ao direito dos cidadãos de debater e se comprometer com a ação política, dois direitos essenciais e interrelacionados, fundamentais em qualquer democracia livre".

Dono do jornal "Panorama Geral", Nascimento foi morto a tiros no quintal de sua casa no município de Rio Claro (RJ), no dia 3 de maio. A Polícia Civil investiga indícios de motivação política no crime, já que o jornal dele publicou reportagem sobre supostas irregularidades na cidade de Bananal (SP).

Pedrosa foi assassinado em um restaurante em Vitória de Santo Antão em 9 de abril. Ele era apresentador do programa policial "Ação e Cidadania", na TV Vitória, e já havia recebido ameaças, segundo as investigações da polícia.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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