Por Dean Graber
Jorge Luis Romero, jornalista da rádio Línea Directa, conhecido por suas reportagens sobre o tráfico de drogas, foi encontrado morto na madrugada de sábado, em uma estrada próxima a Los Mochis, no estado mexicano de Sinaloa. Semanas atrás, ele havia sido sequestrado nesse local, informam o El Universal e o La Jornada.
Segundo o sub-procurador geral de Sinaloa, Romero possivelmente foi enterrado e exumado 15 dias depois para ser colocado em um saco preto na beira da estrada, acrescenta a rádio Línea Directa. Acredita-se que o crime organizado esteja por trás do assassinato do jornalista, cujas mãos foram quebradas antes da morte.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do México diz que, com Romero, são 59 jornalistas assassinados no país desde o ano 2000. No mesmo período, oito repórteres desapareceram e sete empresas de comunicação sofreram ataques com bombas.
A CNDH pediu às autoridades dos três níveis de governo que garantam a segurança para o exercício do jornalismo e que levem os responsáveis pelo crime à justiça, diz outra matéria do La Jornada. Ficam as perguntas: O que as autoridades mexicanas estão dispostas a fazer? Quantos jornalistas morrerão até que alguém tome alguma atitude efetiva?
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
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