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Diretor de polêmico documentário recebe novas ameaças de morte e responsabiliza juiz da Cidade do México

Roberto Hernández, o diretor mexicano do polêmico documentário “Presunto Culpable”, informou no dia 11 de novembro ter recebido novas ameaças de morte e acusa como responsável o presidente do Tribunal Superior de Justiça do Distrito Federal (TSJDF) da Cidade do México, Edgar Elías Azar, informou Aristegui Noticias.

Hernández denunciou o ocorrido na Promotoria Especial para Crimes Cometidos Contra a Liberdade de Expressão e responsabilizou Elías Azar pelas duas ameaças consecutivas que recebeu, segundo publicado pelo portal de notícias Milenio.

As ameaças começaram logo depois que Hernández acusou Azar de organizar uma vingança contra ele devido à exposição dos vícios do sistema judicial da capital no documentário. Hernández disse que “há evidência de que o documentário aborreceu profundamente” o Azar.

Azar negou publicamente a existência de uma vingança contra o documentário do diretor, informou Animal Político.

Em uma entrevista para o Noticias MVS, Hernández disse que ele recebeu duas ameaças por telefone, a primeira no dia 8 de novembro e a segunda no dia 11 de novembro. Hernández investigou as ligações e descobriu que as duas ameaças foram feitas por um telefone público no bairro oriental de Iztapalapa.

Hernández declarou em sua conta no Twitter que autoridades não investigaram o local após ter informado o ocorrido. Ele postou uma fotografia do telefone público, observando que não tinha sido isolado e que autoridades não tinham ido coletar impressões digitais ou interrogar os moradores da vizinhança.

A Promotoria Especial para Crimes Cometidos Contra a Liberdade de Expressão ofereceu proteção a ele e disse que é “muito provável” que eles venham a descobrir quem fez as ameaças, disse Hernández em uma entrevista por telefone ao El Mañanero.

Presunto Culpable (Alegado Culpado), conta a história de José Antion (Toño) Zúñiga, um jovem mexicano vendedor de rua que foi erroneamente condenado por assassinato de primeiro grau e sentenciado a 20 anos de prisão sem provas suficientes contra ele.

O filme foi censurado três semanas após a sua estreia em fevereiro de 2011 e levou a uma série de processos judiciais contra seus produtores. É o documentário mais assistido na história do México.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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