Na noite desta quinta-feira (27/02), o jornalista Geolino Lopes Xavier, conhecido como Gel Lopes, 44 anos, foi morto a tiros no centro de Teixeira de Freitas, cidade do interior da Bahia. Ele apresentava um programa de notícias no Portal N3, do qual era diretor, segundo informou o jornal A Tarde.
Lopes estava no carro do portal N3 e, após deixar um colega em casa, foi atingido por tiros disparados por homens não identificados em outro veículo.
Este já é o quarto jornalista morto no Brasil este ano, embora as investigações ainda não comprovem em todos os casos que a motivação para os ataques tenha relação com o trabalho das vítimas. "Em 2013, o Brasil foi o país mais mortífero para a profissão em todo o continente, com um total de cinco assassinatos. Todos, até o momento, continuam impunes. Após as mortes de Santiago Ilídio Andrade, José Lacerda da Silva e Pedro Palma, o ano de 2014 parece seguir pelo mesmo caminho preocupante, com essa quarta vítima em apenas dois meses, três das quais abatidas brutalmente na via pública", destacou a organização Repórteres Sem Fronteiras em nota publicada em seu site.
Radialista desde 1989, apresentador de TV, ex-vereador do município de Teixeira de Freitas, Gel Lopes era recém formado em Jornalismo pela Fasp, casado e pai de um filho, o também jornalista Joris Xavier Bento.
Policiais civis da Delegacia Regional de Teixeira de Freitas estiveram no local e iniciaram as investigações, mas o motivo do crime não foi esclarecido até o momento.
O Brasil tem sido apontado por organizações internacionais como um dos países mais perigosos do mundo para exercer o jornalismo. A escalada da violência contra profissionais da imprensa levou o governo brasileiro a anunciar que vai adotar medidas como a criação de um Observatório da Proteção dos Jornalistas.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
