Por Alejandro Martínez
Duas equipes de jornalistas denunciaram agressões durante a cobertura da morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
A correspondente da rede de TV colombiana RCN em Caracas, Carmen Andrea Rengifo, e o cinegrafista que a acompanhava foram agredidos por supostos simpatizantes de Chávez do lado de fora do hospital onde o presidente morreu, segundo a AFP.
De acordo com o Instituto Imprensa e Sociedade na Venezuela, Rengifo teria sido insultada enquanto acompanhava a concentração de pessoas ao redor do hospital. Os cidadãos afirmavam que a dupla representava um veículo estrangeiro que publicava informações contra Chávez.
Os dois foram agredidos na cabeça. O cinegrafista foi jogado no chão, mas ambos não ficaram feridos com gravidade, acrescentou o IPYS.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenou o ataque e exigiu a investigação imediata do fato.
Em outro caso, o cinegrafista da rede de TV hispano-americana Univisión César Fuentes foi agredido e teve seu equipamento levado ao cobrir as reações à morte de Chávez ma Plaza Bolívar, no centro de Caracas.
O repórter David De Matteis, que acompanhava Fuentes, contou que as pessoas pediam que os dois saíssem de lá, pois a imprensa não seria bem-vinda, de acordo com o IPYS. Um grupo os seguiu enquanto os dois saíam de lá e Fuentes acabou agredido. Os jornalistas conseguiram ir embora em uma ambulância.
Tais agressões não são novidade. A imprensa privada vinha sendo alvo constante de simpatizantes de Chávez, como disse ao Centro Knight Moisés Arévalo, editor da publicação digital NotiZulia.
Chávez morreu na tarde de 5 de março após uma longa luta contra um câncer.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.