Supostos porta-vozes das principais gangues de El Savador, MS e Barrio 18, apresentaram um comunicado no qual negam que os líderes dos grupos tenham negociado um acordo com o governo para diminuir a taxa de assassinatos, conforme havia noticiado o jornal digital El Faro, informou o ContraPunto.
O comunicado foi lido durante um programa da rádio YSKL na noite de 22 de março, segundo o La Página. Enquanto isso, o jornalista Carlos Dada, fundador e diretor do El Faro, participava do programa de TV 8 en punto, do Canal 33.
Durante o programa, Dada disse que os jornalistas do El Faro não temiam represálias das gangues, mas de políticos corruptos, policiais e promotores envolvidos com o crime organizado, acrescentou o ContraPunto.
O comunicado foi divulgado por Raúl Mijango, que, no dia 20 de março, organizou uma coletiva de prensa para explicar que a diminuição do número de assassinatos se devia a um acordo de paz entre as duas gangues, mediado por um religioso, não a um pacto com o governo, explicou o El Faro.
No dia 16 de março, o governo organizou uma reunião com jornalistas, exceto com profissionais do El Faro, durante a qual foi dito que os repórteres da publicação estavam em perigo - sem, no entanto, oferecer proteção a eles, como informou o Centro Knight.
“Estamos preocupados com a segurança da equipe do El Faro e estamos monitorando a situação de perto", afirmou Carlos Lauría, coordenador sênior para o programa das Américas do Comitê de Proteção dos jornalistas (CPJ) "Responsabilizamos o governo salvadorenho pela segurança dos jornalistas do El Faro", acrescentou.