Microsoft e Google estão entre empresas que pedem a tribunal da Califórnia reconsiderar caso que, segundo elas, tem consequências globais para a liberdade de imprensa e a democracia.
Lalo de Almeida, do Brasil, Carlos Ernesto Martínez, do site investigativo salvadorenho El Faro, John Otis, da NPR e do Comitê para a Proteção dos Jornalistas nos EUA, e Frances Robles, do The New York Times, receberam as Medalhas de Ouro do Prêmio Maria Moors Cabot 2024. Menções especiais foram para InSight Crime e Laura Zommer.
Na Bolívia, em El Salvador e no Peru, a disseminação de desinformação afetou de forma desproporcional comunidades marginalizadas em meio a conflitos sociopolíticos nos últimos anos. Organizações não governamentais locais realizaram pesquisas sobre o ecossistema de informações para entender seus impactos.
Em uma região costeira de selva quase intocada em Honduras, pacotes de cocaína são lançados ao mar por navios que fogem da fiscalização. Essa trama real é relatada na série “Moskitia: A selva hondurenha que se afoga na cocaína”, vencedora do prêmio Ortega y Gasset.
Diretores de El Faro (El Salvador) e Confidencial (Nicarágua) enfatizaram que a avaliação de riscos, a confiança total entre editores e repórteres, a proteção legal e o apoio psicológico são elementos fundamentais para preservar o bem-estar e a segurança de suas equipes em ambientes de assédio, ameaças e criminalização.
Com suas campanhas contra meios independentes, governos de vários países latino-americanos estão começando a ameaçar a liberdade de imprensa. O extremo de Nicolás Maduro e Daniel Ortega com bloqueios e fechamentos de meios de comunicação poderia ser replicado?
Jornalistas de El Salvador e organizações de defesa da liberdade de imprensa temem que, com a vitória esmagadora de Nayib Bukele na reeleição para a presidência, o assédio contra jornalistas se agrave e reformas criminalizem o trabalho de informar no país.
A equipe da Revista Elementos publicou a primeira temporada do podcast Misceláneo, que conta a história de quatro jornalistas salvadorenhos e busca mudar a narrativa governamental de criminalização da profissão.
O jornal mais aclamado de El Salvador transferiu seus setores administrativo e jurídico para a Costa Rica devido a assédio e vigilância do governo. No entanto, os jornalistas permanecem no país. Em entrevista à LJR, o cofundador Carlos Dada explica como essa mudança permite que eles continuem seu trabalho investigativo, enquanto expressa preocupações com o autoritarismo e possível criminalização de jornalistas.
Advogados do Knight First Amendment Institute da Universidade de Columbia esperam que o fabricante do Pegasus, o NSO Group, seja responsabilizado em seu processo judicial em nome dos jornalistas salvadorenhos. Repórteres do site de notícias El Faro acreditam que o processo abrirá um precedente importante para a proteção de jornalistas em todo o mundo.