Por Ingrid Bachmann
O proeminente jornalista colombiano Hollman Morris poderá finalmente viajar aos Estados Unidos e frequentar a Universidade de Harvard como bolsista do programa Nieman. O Departamento de Estado decidiu agora conceder-lhe um visto de estudante, que havia sido negado anteriormente, informou a Fundação Nieman.
Organizações de jornalismo e de direitos humanos em todo o continente uniram esforços para pedir ao governo americano que reconsiderasse a decisão inicial de negar o visto de Morris, com base na seção de "atividades terroristas" do Ato Patriota.
As entidades e profissionais que saíram em defesa de Morris incluem a Fundação Nieman, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, a Fundação Knight, a ACLU, o Open Society Institute, o Dart Center for Journalism and Trauma, a Sociedade Interamericana de Imprensa, a Human Rights Watch, o PEN American Center, o Washington Office on Latin America, o North American Congress for Latin America e 31 professores da Universidade do Texas.
O curador da Fundação Nieman, Bob Giles, expressou satisfação com a nova resolução do governo americano em relação ao jornalista. "Sua experiência e conhecimento valiosos serão uma contribuição bem-vinda ao nosso novo grupo de bolsistas Nieman", disse Giles.
Morris dirige o programa de televisão Contravía, que apresenta um olhar crítico sobre o conflito armado na Colômbia e o governo do presidente Álvaro Uribe, com quem teve vários desentendimentos. O jornalista recebeu diversos prêmios por seu trabalho em defesa dos direitos humanos e das vítimas da violência na Colômbia. A mais recente premiação, em junho, reconheceu sua "luta corajosa pela verdade, a paz e a democracia".
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.