O ex-presidente da Colômbia desqualificou jornalistas do Washington Post responsáveis por uma matéria que afirma que a ajuda dos EUA enviada durante uma década para a Colômbia para combater o narcotráfico e as guerrilhas foi usada para espionar juízes e grupos de oposição, informou o site do El Colombiano.
Uribe enviou uma carta ao editor do Washington Post na qual assegura que as declarações da referida matéria (disponível em espanhol) “manipulam dados e distorcem a realidade para causar prejuízo a um governo que desmantelou as estruturas paramilitares da Colômbia e extraditou os principais chefões do narcotráfico para os Estados Unidos”, publicou a organização Americas Forum.
“Considero que os autores da matéria atuaram de forma imprudente e sem rigor ao fazer acusações difamatórias e prejudicar a imagem da Colômbia e da minha administração”, diz o político na carta.
Em sua conta no Twitter, Uribe declarou no sábado, 20 de agosto, ao @washingtonpost: “Como é triste que o nosso governo seja difamado por simpatizantes do terrorismo”.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) expressou preocupação diante destes comentários, que poderiam por em risco os jornalistas Juan Forero e Claudia Julieta Duque e também a liberdade de imprensa na Colômbia.
“O Presidente Uribe deve abster-se de fazer acusações infundadas contra os jornalistas”, afirmou Carlos Lauría, coordenador sênior do CPJ para as Américas. “No atual contexto da Colômbia, tais comentários são extremamente perigosos”.
A embaixada americana na Colômbia emitiu nota para desmentir a matéria, de acordo com a organização Americas Forum.