Por Maira Magro
O ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, assumiu “responsabilidade jurídica e política" pela atuação de seu ex-chefe de gabinete, Bernardo Moreno, um dos nove funcionários punidos pela espionagem de jornalistas, magistrados e opositores políticos, noticiam a Reuters e El Espectador.
Uribe também anunciou que se coloca à disposição do Congresso e da Suprema Corte, afirma o jornal El Tiempo, depois que um legislador pediu investigações sobre sua responsabilidade pela espionagem feita pelo departamento de inteligência do governo colombiano. Uribe negou que tenha determinado escutas telefônicas ilegais.
Bernardo Moreno foi declarado impedido de assumir cargos públicos por 18 anos pelo seu envolvimento no escândalo, diz a EFE. Outros funcionários do círculo mais próximo ao presidente também foram sancionados, trazendo à tona mais uma vez o debate sobre quem deu as ordens para a espionagem, afirma a BBC Mundo.
Simpatizantes de Uribe elogiaram seu posicionamento, mas opositores se perguntam se o presidente está fugindo de sua responsabilidade ao dizer que "nunca propôs atividades ilegais".
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
