O fotógrafo Edu Fortes, de 27 anos, do Grupo RAC (Rede Anhanguera de Comunicação), foi agredido por dois homens que ateavam fogo às margens da Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira, em Campinas, no interior do estado de São Paulo, informou o próprio site RAC.com.br. Ele fazia imagens da dupla quando foi atacado.
"Eles me agrediram com chutes, socos e, quando eu estava no chão, fui jogado em cima do arame farpado. Eles quebraram a câmera nas minhas costas", contou. O fotógrafo sofreu ferimentos nas costas, no braços e na cabeça, acrescentou o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, que cobrou da polícia local a identificação e a punição dos agressores.
De acordo com o Grupo RAC, não é a primeira vez que seus funcionários sofrem violência em 2011. Em julho, outro fotógrafo, de 63 anos, e um motorista foram assaltados ao, ironicamente, fazerem imagens para uma matéria sobre os frequentes roubos de veículos nas proximidades do Aeroporto de Viracopos. Os ladrões foram presos e o equipamento, recuperado.
Em seu Relatório Anual sobre Liberdade de Imprensa, divulgado em agosto e disponível aqui, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) registrou 34 eventos que representam alguma restrição à liberdade de expressão no país entre agosto de 2010 e julho de 2011, sendo sete casos de agressão, ressaltou o jornal O Globo na época.
Em abril, a Repórteres Sem Fronteiras criticou as investigações de ataques a jornalistas no Brasil, onde cinco profissionais de imprensa foram mortos só em 2011.