Por Maira Magro
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, disse ter informações sobre o Brasil que poderiam ter “abalado as pretensões eleitorais de algumas pessoas”. Assange recusou-se a revelar que informações são essas, e disse que não conseguiu publicá-las ainda por conta da divulgação recente de uma grande quantidade de documentos sobre o Iraque.
O polêmico criador do Wikileaks diz que vem sofrendo pressões crescentes desde o vazamento das informações sobre os militares americanos e, na semana passada, contou a repórteres que cogita pedir asilo na Suíça. Na entrevista ao Estadão, ele acusou os EUA de "banir a liberdade de imprensa", dando como exemplo a suposta criação de uma lista de 120 funcionários que poderiam ser fontes do Wikileaks e a investigação de pessoas indiretamente ligadas ao vazamento de informações. “A censura está muito mais generalizada e profunda que a sociedade imagina”, declarou.
Uma das críticas feitas por simpatizantes do Wikileaks é o foco excessivo em conteúdo sobre os militares americanos, sendo que o site foi criado para divulgar informações de todo tipo, inclusive de outros países.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.