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Governo argentino apresenta projeto para regular produção de papel-jornal

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  • 30 agosto, 2010

Por Maira Magro

Em mais um capítulo das disputas envolvendo o governo argentino e os dois principais jornais do país, Clarín e La Nación, o Executivo apresentou na noite de sexta-feira, 27 de agosto, um projeto de lei declarando de “utilidade pública” a produção, a distribuição e a comercialização de papel para jornais, informou a agência oficial de notícias Télam.

A medida afetaria a maior produtora de papel-jornal da Argentina, a Papel Prensa, que funciona como uma conflituosa sociedade entre o Estado argentino e os dois jornais.

Segundo o governo, a intenção do projeto é trazer igualdade de condições para a imprensa e garantir a liberdade de expressão. O ministro do interior, Florencio Randazzo, acusou o Clarín e La Nación de se beneficiarem da sociedade na Papel Prensa: “os (outros) jornais pagam entre 30 e 40% a mais que os que participam da Papel Prensa”, disse ele, em citação da Télam. Já parlamentares de oposição e os dois jornais acusaram o governo de querer ter “o monopólio da informação pública” ao tentar controlar a produção de papel, apontou o Clarín.

O jornal observa que o projeto de lei tem cinco artigos, precedidos por 39 páginas de uma mensagem da presidente Cristina Kirchner, na qual acusa o Clarín e La Nación de terem se apropriado ilegalmente da fábrica de papel durante a ditadura.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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