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Governo mexicano confirma que jornalista desaparecida está sob proteção do governo federal

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  • 25 junho, 2012

Por Liliana Honorato

governo mexicano confirmou que a jornalista Stephania Cardoso está sob sua guarda, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês) na sexta, 22 de junho.

Cardoso, repórter policial do periódico Zócalo da cidade de Saltillodesapareceu com seu filho de dois anos em circunstâncias estranhas no dia 8 de junho. Uma semana depois de seu sumiço, a jornalista ligou para um programa de rádio para informar que ela e seu filho estavam vivos e para solicitar proteção das autoridades federais do México.

Imediatamente depois da ligação, o presidente do México, Felipe Calderón, anunciou por meio da sua conta de Twitter que a jornalista seria protegida pela Procuradoria Geral da República (PGR), de acordo com a agência de notícias Notimex.

A promotora especial de atenção para crimes contra a liberdade de expressão da PGR, Laura Angelina Borbolla Moreno, disse ao CPJ que o lugar em que se encontra a jornalista e seu filho não pode ser revelado por questões de segurança. Borbolla também “observou que Cardoso havia sido supostamente ameaçada por um grupo criminal, mas evitou fazer comentários sobre os possíveis motivos”, acrescentou o CPJ.

México é o país mais perigoso do mundo para exercer o jornalismo. Com as recentes desaparições dos jornalistas Federico Manuel García Contreras e Zane Plemmons, 17 jornalistas desapareceram desde 2003, e 84 jornalistas foram assassinados em uma década, segundo informou Repórteres Sem Fronteiras (RSF). No estado de Coahuila, onde vivia Cardoso, 1.800 pessoas desapareceram nos últimos três anos, segundo a RSF. Para mais informação, veja este mapa sobre os ataques contra a imprensa no México, elaborado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas.

Devido aos graves perigos que os jornalistas mexicanos enfrentam diariamente, no dia 22 de junho o presidente Calderón assinou uma nova lei para a proteção de jornalistas.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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