Por Ingrid Bachmann
O governo mexicano firmou um acordo de proteção aos jornalistas, para acabar com os ataques que, na última década, resultaram em 65 mortes, além de 12 desaparecimentos em cinco anos, informaram a CNN México e o La Jornada.
Os governantes se comprometeram a criar um comitê consultivo, formado pelas secretarias de Governo, Relações Exteriores e Segurança Pública, além da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e da promotoria especial de crimes contra a liberdade de expressão, segundo a revista Proceso e o jornal La Crónica de Hoy.
De acordo com o jornal El Universal, o acordo atribui funções específicas para cada um dos membros do comitê. A secretaria de Governo, por exemplo, coordenará as tarefas relacionadas à promoção da liberdade de expressão. A secretaria de Segurança Pública, junto com os governos estaduais, será responsável pelas medidas para garantir o exercício do jornalismo. Já a CNDH criará um guia sobre prevenção de agressões contra a mídia.
Em uma segunda fase, uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) e três representantes da categoria jornalística se juntarão ao comitê, mas sem direito a voto, explicou o El Diario de Juárez.
Em nota, o Centro Nacional de Comunicação Social (Cencos) salientou que o acordo não prevê proteção para os defensores dos direitos humanos - e alertou que o documento não deixa claro qual será o papel do alto comissariado para os Direitos Humanos da ONU no México.
Para mais informações sobre a violência contra jornalistas no México, veja este mapa do Centro Knight.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.