Jornalistas críticos ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, estão entre as vítimas de um ataque recente de hackers pró-governo a pelo menos uma dúzia de contas de Twitter e e-mail de opositores, informou a agência de notícias EFE.
Um grupo de piratas cibernéticos autodenominado N33 assumiu a autoria da invasão, mas garantiu que a atitude foi espontânea, não a mando do governo, acrescentou a AFP. "A motivação não foi outra, mas o uso indevido do Twitter por seus legítimos donos, sob o pretexto da liberdade de expressão", afirmaram os hackers em comunicado, segundo o ABC Digital.
Os jornalistas Leonardo Padrón, Berenice Gómez e Ibéyise Pacheco estão entre os que tiveram suas contas no Twitter invadidas, de acordo com o La Patilla. No de Pacheco, por exemplo, os piratas acrescentaram uma boina vermelha como a que Chávez costuma usar à foto dela e escrevam em seu perfil: "Buscando macho por aqui", mostrou o Últimas Noticias.
Em entrevista ao El Tiempo, um dos hackers disse que seu grupo continuará "vigiando" os opositores e prometeu novos ataques. O principal alvo seria Alberto Ravell, ex-diretor da TV de oposição Globovisión e atual editor do LaPatilla.com. "Ele é a jóia da coroa", afirmou.
A organização Espacio Público condenou os ataques e cobrou providências das autoridades, segundo o El Nacional.
Embora organizações como a Freedom House tenham listado a Venezuela entre os países onde a liberdade na internet está em risco, o governo garante que seu objetivo é ampliar o acesso à rede, não limitá-lo. Para mais informações sobre liberdade de expressão nas redes sociais, veja esta conta do Centro Knight no Twitter.
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