Por Maira Magro
Circula na terça-feira, 31 de agosto, a última edição impressa do Jornal do Brasil, um dos mais antigos diários do país. A partir de quarta-feira, 1 de setembro, o jornal terá somente uma versão online.
Com dívidas crescentes e queda na circulação, o jornal não conseguia manter seu custo operacional. Em sua página na internet, o JB defendeu que caminha para uma fase melhor e mais moderna, citando inclusive o respeito à ecologia ao deixar de circular em papel. Mas a sensação é de que o jornal teria “poucas chances de seguir existindo nos próximos anos”, aponta Luciano Martins Costa no Observatório da Imprensa.
A versão online do JB será feita por uma equipe de 150 jornalistas e profissionais das áreas comercial e administrativa. A assinatura mensal custará R$ 9,90. Fundado há 119 anos no Rio de Janeiro, o JB ajudou a definir os rumos da imprensa brasileira, comentou a Folha de S. Paulo. Por sua redação passaram alguns dos mais importantes jornalistas e escritores do país.
Em 2001, a marca JB foi arrendada para a Docasnet, do empresário Nelson Tanure. O Estado de S. Paulo lembra que, no ano passado, outra marca de jornal arrendada por Tanure, a Gazeta Mercantil, deixou de funcionar.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.