Um jornalista argentino foi ameaçado de morte por um homem desconhecido que carregava uma arma de fogo quando tentou entrar no estúdio de rádio onde trabalha o jornalista, no bairro de 9 de Julio, em Buenos Aires, informou o jornal Perfil.
O fato ocorreu na terça-feira, 29 de maio, enquanto o jornalista Gustavo Tinetti tentava começar seu programa de rádio “Despertate”, da emissora Cadena Nueve, dias depois de ter denunciado o intendente Walter Battistella por evasão fiscal, segundo o canal de noticias TN e o site Bragado Informa.
De acordo com o Fórum de Jornalismo Argentino (FOPEA), apesar da notícia do ocorrido ter se espalhado rapidamente na comunidade de 9 de Julio, Tinetti disse ao FOPEA que ficou surpreso por “não ter recebido qualquer contato de funcionários municipais diante da divulgação da ameaça”.
“As autoridades argentinas devem investigar estas ameaças e assegurar que os jornalistas possam informar de maneira crítica sem temer represálias”, observou Carlos Lauría, coordenador sênior do programa das Américas do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês). Segundo uma investigação do CPJ, a maioria das violações à liberdade de imprensa na Argentina durante 2011 ocorreu na província de Buenos Aires.
A situação da liberdade de imprensa e de expressão na Argentina tem recebido várias críticas, não só de organizações jornalísticas, como o Instituto Internacional da Imprensa (IPI, na sigla em inglês), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), a Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas (ADEPA) e o FOPEA, ma também do governo dos Estados Unidos e dos próprios jornalistas argentinos.
