Adílison Oliveira, jornalista de Taboão da Serra, foi espancado por 10 jovens após flagrar acidente em escola estadual na região brasileira de Taboão da Serra.
“Fui espancado por um grupo de cerca de dez alunos da E.E. Edgard Francisco, no Jardim Guaciara, em Taboão da Serra (…) ao não aceitar a exigência de meus agressores de que eu apagasse as imagens”, diz Oliveira ao jornal Taboão em Foco.
O jornalista fotografava um evento na escola estadual Edgard Francisco, quando flagrou uma aluna que sofreu queimaduras no rosto, durante uma das apresentações. Após o incidente, um grupo de alunos cercou Oliveira exigindo que ele apagasse as fotos. Ao oferecer resistência e recusar, o jornalista foi espancado com socos e chutes.
A ocorrência já foi registrada na delegacia de Taboão da Serra. Diversos orgão de comunicação locais exigiram que a Polícia Civil iniciasse uma investigação a fim de apurar e punir pela lei os culpados da agressão.
De acordo com o Portal O Taboense, "violência contra Adílson será também informada ao Sindicato dos Jornalistas, a Federação Nacional dos Jornalistas e as autoridades municipais."
O episódio perpetrado contra Adílison Oliveira junta-se às contantes agressões e atentados contra jornalistas.
Alguns dias antes, em Santa Luzia do Paruá, oeste do Maranhão, o jornalista Wilson Brito foi brutalmente espancado por dois familiares de pessoas que estão sendo investigadas, acusadas de malversação do erário, de acordo com o jornal O Imparcial.
Desde 2012, a violência contra jornalistas e liberdade de imprensa tem escalado significativamente no Brasil, sendo classificado como um dos países mais perigosos para exercer jornalismo, considerando a taxa de mortalidade, agressões e atentados contra a liberdade de expressão, pela organização Repórteres Sem Fronteiras.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
