O jornalista mexicano Ángel Castillo Corona, colunista do jornal digital Portal, foi morto junto com seu filho menor de idade na madrugada de domingo, 03 de julho, em suposto assalto enquanto dirigia na cidade de Tianguistenco, no Estado do México, informou Portal.
Castillo é o terceiro jornalista mexicano assassinado em um mês. Neste mesmo período, um repórter foi seqüestrado e o corpo de outro foi encontrado em uma fossa clandestina.
De acordo com a investigação policial, Castillo foi espancado até a morte e o mesmo ocorreu com seu filho de 16 anos, relatou todotexcoco.com.
Embora a principal hipótese sobre a causa dos assassinatos seja de latrocínio (assalto seguido de morte), o jornal El Sol de México destacou o fato de que "a brutalidade usada para matar o jornalista e seu filho lança dúvidas sobre a teoria de que se trata apenas de um roubo". Por esse motivo, representantes de associações de jornalistas da região se reuniram com o promotor Alfredo Castillo Cervantes, que disse não descartar outras linhas de investigação.
Castillo é o terceiro jornalista assassinado no México desde 14 de junho, quando o repórter Pablo Ruelas foi morto a tiros em Huatabampo, no norte do estado de Sonora. Seis dias depois, em Veracruz, um bando armado matou o jornalista Miguel Ángel López Velasco, especialista em segurança e tráfico de drogas.
O México está imerso em uma espiral de violência desde que o presidente Felipe Calderon lançou uma guerra contra as drogas, em dezembro de 2006. Cerca de 35 mil pessoas já foram mortas, incluindo vários jornalistas. De acordo com dados da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH), cerca de 70 jornalistas foram mortos no México desde 2000.
Para mais informações sobre ameaças ao jornalismo no México, consulte o mapa do Centro Knight.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.