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Jornalista mexicano ganha prêmio do CPJ por cobertura do narcotráfico

Depois de sofrer ataques e ameaças por cobrir a guerra contra o narcotráfico e o crime organizado, o jornalista mexicano Javier Arturo Valdez Cárdenas foi um dos vencedores do Prêmio Internacional de Liberdade de Expressão do Comitê para a Proteção dos Jornalistas de 2011.

Outros vencedores do prêmio da CPJ são Mansoor al-Jamri, do jornal Al-Wasat, no Bahrain; Natalya Radina, da Charter 97 na Bielorrússia, e Umar Cheema, do diário The News, do Paquistão.

"Estamos orgulhosos de honrar esses jornalistas, cuja tenacidade para reportar continua desafiando a severas táticas de censura para ocultar verdades inconvenientes," disse o diretor executivo do CPJ, Joel Simon, segundo o site journalism.co.uk. "Ao resistir às ameaças e aos abusos, esses jornalistas revelaram a realidade em seus países e asseguram o direito universal de acesso a uma informação confiável e independente".

Valdez, fundador do semanário Ríodoce em Sinaloa, no México (um dos estados mais afetados pelo narcotráfico), disse ao CPJ que "viver em Sinaloa é uma ameaça e ser jornalista é um risco adicional. Aprendemos a viver em tempos em que balas voam ao redor de nós". Em 2009, por exemplo, desconhecidos lançaram uma granada contra o prédio da publicação, explicou o El Universal.

O Riodoce também recebeu o prestigiado prêmio Maria Moors Cabot de 2011 por sua cobertura sobre a América Latina e o Caribe.

Os ganhadores do Prêmio Internacional de Liberdade de Expressão do CPJ serão homenageados em uma cerimônia em Nova York, no dia 22 de novembro.

O CPJ também homenageará o apresentador e repórter de TV americano
Dan Rather, com o troféu Em Memória de Burton Benjamin, por sua longa trajetória em defesa da liberdade de expressão.

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