Por Ingrid Bachmann
O câmera do canal Televisa Alejandro Hernández Pacheco, um dos quatro comunicadores sequestrados em julho por traficantes de drogas no norte do México, cruzou a fronteira com a esposa e os filhos e pediu asilo político aos Estados Unidos, temendo ser assassinado em seu país, informaram a CNN México e o jornal El Diario.
Hernández disse que o governo mexicano só lhe ofereceu ajuda psicológica, diz a agência Reforma. O jornalista também teria descartado a ideia de mudar para outra região no México, por acreditar que poderia ser encontrado pelos narcotraficantes.
Segundo o site ArrobaJuárez, outros dois jornalistas sequestrados em julho iniciaram trâmites para pedir asilo político aos EUA. Na cidade fronteiriça de El Paso, o número de comunicadores buscando informações sobre a possibilidade de asilo no país vizinho duplicou nos últimos anos, segundo o advogado de imigração Carlos Spector, que cuida do caso de Hernández.
Em julho, Hernández cobria uma rebelião em um presídio no estado de Durango quando foi sequestrado com outros três jornalistas por traficantes que queriam forçar os meios de comunicação a difundir uma mensagem do crime organizado. O incidente gerou protestos de jornalistas em todo o país para exigir segurança para o exercício profissional.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
