A jornalista María Elena Ferral foi baleada oito vezes enquanto estava no centro de Papantla, no estado de Veracruz, por volta das 14h de 30 de março, de acordo com o Diario de Xalapa, jornal para o qual ela trabalhava como correspondente. Ela morreu seis horas depois.
A jornalista, que também era diretora do site de notícias Quinto Poder, relatou à Comissão Estadual de Atenção e Proteção a Jornalistas que havia recebido ameaças, segundo o Diário de Xalapa.
O La Jornada publicou que, em 2016, Ferral registrou uma queixa criminal e disse que havia recebido ameaças de morte de um político local por causa de seu trabalho.
Seus familiares disseram que ela foi ameaçada "por todos os lados", informou o Diário de Xalapa.
O procurador-geral de Veracruz divulgou uma declaração na qual prometeu encontrar os responsáveis e expressou solidariedade aos jornalistas, dizendo que Ferral “procurava dar voz a grupos vulneráveis e fazer jornalismo dedicado a causas sociais, apontar a injustiça e destacar igualmente as coisas boas de Veracruz.
O Escritório Especial em Crimes Eleitorais e Crimes Contra a Liberdade de Expressão do Ministério Público está investigando o caso, segundo o Diário de Xalapa.
Com Ferral, já são 28 jornalistas mortos no estado de Veracruz desde 2000, segundo informação concedida ao Centro Knight pela Artigo19 México. É o estado mais mortal para jornalistas no país, de acordo com a organização.