Por Ingrid Bachmann
O jornalista e humorista venezuelano Laureano Márquez recebeu o Prêmio Internacional da Liberdade de Imprensa do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês), que reconheceu seu trabalho em meio à perseguição do governo de Hugo Chávez.
O CPJ também premiou outros três jornalistas de Etiópia, Rússia e Irã por sua coragem em desafiar a censura e contar “verdades inconvenientes”, afirmou o diretor executivo do CPJ, Joel Simon, durante cerimônia realizada nos Estados Unidos.
Márquez escreve editoriais humorísticos no jornal de oposição Tal Cual e já foi punido pelas autoridades venezuelanas por seus comentários, explicou a Associated Press. Em 2007, ele foi multado por publicar uma carta humorística dirigida a uma filha do presidente Chávez, na época com 9 anos. Em fevereiro passado, foi acusado de defender um golpe de estado por causa de um texto em que descrevia uma Venezuela sem Chávez.
Márquez exaltou o poder do humor, “um dos recursos de que as sociedades historicamente dispõem para enfrentar a arbitrariedade e o autoritarismo”, acrescentou a EFE.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.