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Jornalistas brasileiros agredidos e expulsos do Egito voltam ao país

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  • 7 fevereiro, 2011

Por Sergio Duran

Os dois jornalistas brasileiros da estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC) detidos na quarta-feira no Egito voltaram ao Brasil no sábado (05/02), informou a Agência Estado. Os jornalistas relataram o medo de serem mortos. Corban Costa, repórter da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, repórter cinematográfico da TV Brasil, viajaram até o Cairo para fazer a cobertura da crise política no país, mas não chegaram a produzir reportagens, relembrou a Agência Brasil.

No trajeto entre o aeroporto e o hotel, o táxi com os dois foi parado em uma barreira policial. Eles foram levados a uma delegacia com os olhos vendados e tiveram os passaportes e os equipamentos (câmera filmadora, notebook e celulares) apreendidos."Depois que pegaram nossos equipamentos e viram que a gente era jornalista, mandaram encostar no muro. A gente achava que ia morrer com certeza", disse Rocha ao site de notícias G1. "O momento mais difícil foi quando andamos com os olhos vendados por volta de 15 minutos. A gente não sabia o que estava acontecendo e teve muito medo de morrer."

Outros jornalistas brasileiros tiveram problemas no país. Na quinta, repórteres dos jornais "O Globo", "Folha de S.Paulo" e "O Estado de S. Paulo" tiveram de deixar o hotel Hilton porque partidários do presidente Hosni Mubarak ameaçam invadir o local. Já o repórter Luiz Antônio Araujo, enviado do jornal "Zero Hora" ao Egito, foi cercado por manifestantes favoráveis ao atual regime, armados com pedaços de pau e pedras. Ele diz ter sido agredido e roubado - a máquina fotográfica foi levada por manifestantes.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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