Por Isabela Fraga
Jornalistas de veículos privados foram impedidos de cobrir um ato do presidente venezuelano Hugo Chávez na segunda-feira, 6 de agosto, informou o El Universal.
Segundo o jornalista Ricardo Graffe, da Globovisión, o credenciamento para imprensa começou às 6h daquele dia, mas pouco depois a organização do evento retirou as credenciais dos repórteres inscritos.
Os jornalistas foram informados de que o evento seria transmitido pelo Sistema Nacional de Medios Públicos, o único que teria autorização para cobertura, noticiou o site Noticias24. Segundo o site 6º Poder, o ato fez parte da campanha presidencial de Chávez e seria realizado no estado de Carabobo, ao noroeste da Venezuela, num conjunto de casas populares construídas pela Corporación Petroquímica de Venezuela, chamadas no país de petrocasas.
A apenas dois meses das eleições presidenciais na Venezuela, as tensões entre os candidatos e a imprensa têm aumentado. Recentemente, uma jornalista da emissora Venezoelana de Televisión (VTV) denunciou ter sido agredida por partidários do candidato à presidência Henrique Capriles, opositor de Chaávez. A emissora de TV Globovisión também foi condenada a pagar uma multa de US$ 5,6 milhões por uma cobertura de um conflito penitenciário. A Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA) também alertou que a violência contra jornalistas e censura podem minar o papel da imprensa nesse período pré-eleições.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.