Por Alejandro Martínez
Incluir fontes alternativas, diferenciar entre atos de governo e de campanha e produzir reportagens com profundidade sobre a trajetória dos candidatos são algumas das recomendações que vários jornalistas venezuelanos fizeram recentemente para buscar a imparcialidade na cobertura das próximas eleições presidenciais.
Jornalistas de diversos veículos, tanto privados como oficiais, criaram um documento com as recomendações, surgidas após dois cursos de capacitação organizados em junho e agosto pelo Programa para o Fortalecimento do Jornalismo na Venezuela do Centro Carter. O programa busca reduzir a polarização e a disparidade midiática na cobertura das eleições do próximo dia 7 de outubro.
O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas participou do programa do Centro Carter ao oferecer, em maio e junho, um curso online de capacitação na cobertura eleitoral.
Outras recomendações incluem a produção de matérias comparativas, a consulta de especialistas, o aproveitamentos das seções não políticas para analisar as propostas dos candidatos e o compartilhamento de informações difíceis de publicar com outros colegas ou fóruns de discussão.
As recomendações estão disponíveis neste documento em PDF.
As eleições criaram um ambiente de intensa polarização política e midiática, com frequentes versões dos fatos nos meios partidários dos candidatos Hugo Chávez e Henrique Capriles.
Segundo organizações como o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) afirmam que os ataques de Chávez contra a mídia privada do país debilita a imprensa. Por outro lado, os jornalistas de veículos oficiais também denunciaram ataques por parte de simpatizantes de Capriles.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.