Por Isabela Fraga
Durante a na véspera das eleições municipais no Brasil -- que elegeram prefeitos e vereadores --, agressões a jornalistas foram registradas em diversas cidades do país. Em comum, as agressões envolviam denúncias de comportamentos ilegais por parte dos candidatos ou de seus correligionários.
Na cidade de Guarulhos, em São Paulo, uma repórter do jornal Diário de Guarulhos foi agredida pelo diretor da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) da cidade, que usava um adesivo de um candidato a vereador entre duas mulheres que faziam boca de urna -- prática ilegal, segundo o Código Eleitoral --, informou o jornal.
Já o jornalista Rosinaldo Vieira foi agredido com socos e chutes enquanto entregava um jornal comunitário da Cidade Satélite, um conjunto habitacional de Natal, no Rio Grande do Norte, na madrugada de domingo, 7 de outubro, informou o Diário de Natal Online. Segundo o jornalista, a publicação tinha como reportagem de capa uma denúncia sobre vereadores candidatos à releeição envolvidos num caso de corrupção, e os agressores eram partidários de um dos acusados.
Em Marília, no interior de São Paulo, um jornalista foi agredido com socos enquanto fotografava uma briga entre cabos eleitorais de partidos divergentes numa carreata, informou o jornal Correio Mariliense.
Durante o período de campanha eleitoral, já haviam sido registrados diversos casos de agressões a jornalistas, especialmente no interior do país. Blogs e jornais também sofreram tentativas de censuras por parte de candidatos às eleições.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
