A cidade hondurenha de San Pedro Sula, atualmente considerada a mais perigosa do mundo por seu índice de homicídios (159 assassinatos para cada 100 mil habitantes, número superior ao da violenta Ciudad Juárez, no México), se transformou em um ambiente hostil para o exercício do jornalismo.
Uma locutora de rádio da cidade denunciou ter recebido ameaças de morte, informou o La Prensa. Mavis Cruz, diretora do programa Noticias a la Hora, transmitido pela Radio Libertad, disse que seu marido recebeu um telefonema, em casa, no qual perguntaram por ela e ameaçaram atacar o filho dela, acrescentou o La Tribuna.
A jornalista suspeita que a ameaça esteja relacionada à discussão, em seu programa, sobre a renúncia de um funcionário da polícia, ainda de acordo com o La Tribuna.
No mesmo dia, foi noticiado o assassinato de uma jovem estudante de jornalismo, que colaborava com programas de esportes no rádio e na TV. Saira Fabiola Almendárez Borjas, de 22 anos, foi encontrada morta junto com outros dois jovens nos arredores de San Pedro Sula.
Até o momento, as causas da morte dela são desconhecidas. Segundos ONGs, as mortes extrajudiciais de jovens não são investigadas por a polícia e, apenas em janeiro, 80 jovens morreram de forma violenta em Honduras, segundo o El Heraldo.
Desde 2010, 17 jornalistas foram assassinados em Honduras, considerado o segundo país mais perigoso das Américas para a prática do jornalismo.