O Ministério Público Federal de Honduras vai investigar a denúncia de uma jornalista e um fotógrafo do jornal La Prensa, que afirmam ter sido agredidos verbalmente e expulsos a empurrões de um edifício público quando cobriam uma manifestação de professores em San Pedro Sula, a segunda maior cidade do país, informou o próprio La Prensa.
"Eles nos expulsaram porque tentávamos registrar o tumulto (…) Um professor me golpeou nas costas e me chutou", disse a repórter Tatiana Paz, que identificou um professor de educação física como o principal agressor, explicou o El Heraldo.
Paz e o fotógrafo Amílcar Izaguirre apresentaram uma queixa no Ministério Público, mas a denúncia não foi aceita porque o promotor de plantão na ocasião disse que eles deveriam estar machucados para poder reclamar, informou o Proceso Digital. A queixa só foi aceita com a intervenção da Comissão Nacional de Direitos Humanos, explicou o La Prensa.
Desde o golpe de Estado em 2009, Honduras se transformou em um dos países mais violentos para a prática do jornalismo. Só em 2010, três jornalistas foram assassinados enquanto trabalhavam, segundo o relatório anual da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.