*Esta nota foi atualizada.
O Ministério Público de Chiapas, no México, confirmou a detenção de um homem em conexão com o assassinato, em 21 de setembro, de Mario Gómez, repórter do El Heraldo de Chiapas que foi baleado na cidade de Yajalón quando saía de casa para trabalhar, de acordo com o jornal que o empregava. O MP disse que informações sobre outros envolvidos no caso devem ser divulgadas em breve.
Luis Alberto Sánchez, promotor em Chiapas, confirmou que Gómez foi morto por seu trabalho jornalístico, segundo El Sol de México. O jornal informou que Sánchez disse em entrevista ao jornalista Carlos Loret de Mola que Gómez havia denunciado o tráfico de drogas na região.
Além de dizer que uma pessoa havia sido detida, ele também disse que as autoridades localizaram o autor intelectual e material e oito pessoas que supostamente trabalharam juntas no assassinato, relatou o El Sol de México.
#ÚltimaHora
Asesinan a #MarioGómez, periodista y corresponsal de @ElHeraldodeChis ➡️ https://t.co/OmbYja2xNQ pic.twitter.com/AP03LRn79k— El Heraldode Chiapas (@ElHeraldodeChis) September 22, 2018
Um vídeo publicado por El Heraldo de Chiapas mostra o momento em que um homem, identificado como Gómez, é baleado por uma pessoa de carona em uma motocicleta. El Heraldo de Chiapas relatou uma forte presença policial em Yajalón no dia seguinte ao assassinato e um grupo de jornalistas também marchou naquele dia pedindo justiça no caso.
Como correspondente de El Heraldo de Chiapas por oito anos, ele cobria “notícias gerais com artigos sobre política, justiça e eventos sociais”, informou a AFP, citando uma fonte da redação em que o repórter trabalhava.
Gómez denunciou ameaças de morte ao MP em 2008, 2010, 2016 e 2017, segundo o jornal El Universal. O MP do Estado disse que o jornalista não teve proteção policial recentemente, mas haveria investigações sobre por que a proteção lhe foi retirada, acrescentou o jornal.
O México é considerado o país mais letal para jornalistas no hemisfério ocidental.
O mecanismo federal de proteção para defensores de direitos humanos e jornalistas acabou de receber fundos de emergência do governo, já que estava prestes a ficar sem dinheiro no final de setembro. Não foi relatado se Gómez solicitou ou recebeu assistência do mecanismo.
